terça-feira, 10 de maio de 2011

O outro lado da moeda



Nos últimos dias 27 e 28 de Abril realizamos atividades com as Federações filiadas. No primeiro dia foram diversas apresentações feitas pela equipe CBTri nas quais abordamos temas de ações implementadas e ações a serem implementadas.
Com posicionamento nada ético e desrespeitoso o Sr. Júlio Alfaya, presidente da FTERJ, (achando que ficaria no anonimato) foi desmascarado em plena reunião quando foi flagrado passando informações em tempo real para um site de relacionamento.
O referido presidente ficou meio sem ação. Pediu desculpas aos ali reunidos. Hora, se nada devia, porque pedir desculpas? Só falta ele alegar agora que não ficou constrangido e que não solicitou desculpas..  Não acredito que alguém que ali estava irá apoiá-lo sobre isto. Então, se pediu desculpas é porque teve culpa. Até acho que ele tem opinião diferente sobre ética. Mas assumiu a culpa.
Infelizmente ele passou muitas notícias de forma truncada e por diversas vezes inventou ou omitiu fatos. Se é que ele foi realmente o autor de todas as informações contidas abaixo. Também pode ser manifesto de responsabilidade do gestor do site de relacionamento. O Sr. Wagner Araújo.
Há tempos víamos deixando pessoas como o Sr. Júlio Alfaya escrever coisas sobre a CBTri ao seu bel prazer pois tinha certeza de que não haveria respostas. Isto acabou. A máscara vai cair e vamos fazer com que todos tenham chance de apresentar o contraditório. A análise final fica por conta dos leitores.
Face ao exposto e para que os leitores possam fazer uma análise melhor do acontecido, nas próximas linhas, tomando como base a matéria divulgada, farei as devidas observações.
O texto publicado na íntegra estará em vermelho.
As observações estarão em cor azul. Confiram:
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Aconteceu nos últimos dias 28 e 29 de abril o Encontro da Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri) e suas filiadas, realizado em Vila Velha /ES.
Na realidade foram nos dias 27 e 28 de abril.
No primeiro dia, notou-se que algumas filiadas não estavam representadas, eram elas: DF, BA, SC, MG e ES (sim, mesmo o Encontro sendo no estado). O presidente da CBTri, Carlos Froés apresentou os gastos da entidade em 2010.
Neste dia não foi apresentada a prestação de contas. Em minha exposição falei sobre a transparência na entidade. Dentre os assuntos abordados apresentei um relatório de despesas realizadas com passagens aéreas, hospedagens e ajuda de custo de atletas, dirigentes e treinadores durante o ano de 2010. Tais informações foram divulgadas no site de relacionamento omitindo a relação com os atletas e treinadores.  Talvez porque o foco do Sr. Júlio era denegrir a imagem da entidade. Daí, a opção de omitir a totalidade da apresentação.
Chama a atenção o tópico “Passagem, Hospedagem e Ajuda de Custo”, que recebeu a maior parte do orçamento da instituição. Foram gastos mais de 700 mil Reais com esse item, de um orçamento total de pouco mais de 1,2 milhões de Reais. Porém, o que mais impressiona é a divisão dos gastos, como mostrado no gráfico abaixo:
 Outra informação que foi “plantada” está referida ao orçamento total de pouco mais de R$ 1.2 milhões. Nosso orçamento total foi um pouco mais de 1.8 milhões. Omitiram algo em torno de 33% da receita. Por que fizeram isto?
Distribuição dos recursos de viagens - clique para ampliar
Não irei analisar o gráfico porque a informação tomada como base estava errada.
Quase um terço dos recursos foram gastos com viagens nacionais e internacionais de membros da diretoria da própria CBTri.
Dado errado. Pouco mais de um décimo utilizado com viagens do presidente, vice presidente, assessorias e chefes de delegações.
Vejam como foi distribuído os valores entre os membros da CBTri:
Marco La Porta R$ 39.613,34
Sanderson Palma R$ 36.473,97
Roberto Menescal R$ 33.286,89
Carlos Fróes R$ 24.021,65
Rodrigo Milazzo R$ 16.743,18
José Menescal R$ 10.692,47
Sergio Santos R$ 10.244,70
Antonio Carlos Gomes R$ 7.962,60
Roberto Nahon R$ 6.815,28
José Renato R$ 6.667,37
Luciano Hostins R$ 2.190,92
Barbara Lima R$ 100,00
TOTAL R$ 194.812,37
Valores corretos.
Durante a exposição, as informações foram enviadas à nossa redação por Julio Alfaya, presidente da FETERJ (Federação de Triathlon do Estado do Rio de Janeiro), para que todos tomassem conhecimento da situação. Após a grande repercussão entre nossos leitores no Twitter e em nossa página do Facebook, o presidente da CBTri anunciou que vai disponibilizar o acompanhamento on-line das despesas, porém ainda não se sabe quando, uma vez que nem mesmo o estatuto da CBTri se encontra disponível em seu site.
Mentira do responsável pelo site de relacionamento. A apresentação era exatamente sobre a transparência e assim será. Nosso Estatuto está em nosso site a disposição de qualquer um. Porque mentir? Seria para denegrir a imagem da instituição?
Porém, a parte mais importante que é a execução do orçamento, ou seja, o detalhamento dos gatos, não foi exibido no Encontro, pois o responsável, José Renato, alegou que havia apagado, inadvertidamente, o conteúdo de seu pendrive. Infelizmente, também não havia nenhuma outra cópia da apresentação.
Correta a informação sobre o pendrive. O José Renato, que acompanha o orçamento da entidade iria expor em Power point a distribuição dos recursos para o ano de 2011. Pauta totalmente diferente da apresentada por mim que se referia a transparência e custos de viagens, estadias e ajuda de custo que são o nosso maior investimento.
Houve ainda a palestra do Sr, La Porta sobre o planejamento de alto rendimento, a que pareceu mais coerente entre tantas contradições. Ficou claro o foco do trabalho em trazer medalhas para o Brasil, o que seria um pedido do COB. Um termo interessante usado foi o “custo de uma medalha”, significando o valor total que deve ser investido em um atleta de elite para se conseguir um lugar no pódio olímpico.
Outra notícia “plantada”. A CBTri nunca falou em trazer medalha. Uma palavra muda tudo. Falamos em “lutar” por medalha. Como assim pedido do COB? Imaginação fértil. Sobre o custo de investimento em um atleta olímpico para lutar por medalha todos sabem que não se faz com pouco investimento.  Por isto colocamos muitos recursos nestes atletas.
Pouca ou nenhuma menção foi dada a trabalhos de base, que fazem o esporte crescer como um todo e o leva muito além das Olimpíadas do Rio 2016. Tudo parece estar direcionado para impressionar o COB e as pessoas nas Olimpíadas de 2016, sem nenhuma preocupação com o que vem depois.
Dedução infeliz quando mencionam que queremos impressionar o COB e pessoas do Rio 2016. Nosso objetivo é proporcionar aos atletas de elite do Brasil reais condições para lutar por vagas e medalhas olímpicas. Somos responsáveis pela base! Sozinhos? Então o que fazem as federações? Base não seria missão das Federações? Muitas já fazem este trabalho e apresentam estes atletas para a Confederação lapidar por meio de seus projetos. Duvido que esta frase tenha saído da cabeça de um presidente. Isto deve ter sido fruto do dono do site. Um presidente de federação não cometeria este equívoco.
Segundo a CBTri, o custo para se conseguir uma medalha olímpica pode chegar a dois milhões de reais. O Professor Higino Vieira, presidente da Federação Alagoana, desenvolve um trabalho com 1.250 crianças, sem recursos da CBTri, com apenas 1 milhão por ano (menos de R$1.000,00 por criança por ano) com recursos da Petrobrás. Pode ser esse um dos caminhos para reduzir esse custo de dois milhões, ou seja, investir no atleta ainda em formação e não somente nas vésperas das competições importantes.
Custo de medalha olímpica? Medalha olímpica não se compra. Medalha olímpica conquista-se. O investimento para lutar por uma medalha olímpica pode ser nesta ordem financeira. Mas aí vale um estudo mais aprofundado com os atletas medalhistas.
A Federação Alagoana de Triathlon não tem nenhum projeto com 1,250 crianças. Quem tem projeto no Estado de Alagoas com nuance no triathlon é o Centro Espírita O Consolador que tem como presidente a esposa do Prof. Higino. Aliás, cabe aqui um parêntese. O trabalho exercido pelo Centro Espírita O Consolador é excepcional e feito com muito carinho e amor.
A Federação Alagoana de Triathlon não tem nenhum convênio assinado com a Petrobrás. Mais um dado errado plantado pelo site de relacionamento.
Pergunte aos atletas que estão tendo investimentos da CBTri se os recursos estão chegando de forma tardia.
O comentário relacionado a 1.0 milhão  comparado a 2.0 milhões não cabe comentários. É fraco na concepção de o que é base e o que é alto rendimento.
No segundo dia, com representantes de todas as federações, foram realizadas duas assembléias: a ordinária e a extraordinária.
Informação correta.
A Assembléia ordinária é uma exigência estatutária e deve ser realizada anualmente até o mês de Abril, única e exclusivamente para a apreciação das contas da entidade, com o parecer do Conselho Fiscal e, consequentemente, é feito o julgamento das mesmas. Caso não sejam aprovadas, a instituição sofrerá sansões como o bloqueio dos recursos públicos recebidos, podendo chegar à destituição do presidente.
Para conhecimento de quem escreveu esta infâmia cabe uma informação que a Assembléia Geral Ordinária não tem somente esta função. Leia nosso Estatuto. Está no site. O restante procede.
Para enriquecer: o responsável pelo texto omitiu que o Conselho Fiscal também analisa o Relatório da Auditoria Externa. Exatamente. Na CBTri fazemos auditoria.
No caso da CBTri, tudo já começou fora das regras, pois o respectivo Edital fora enviado com apenas 5 dias de antecedência, enquanto que o próprio Estatuto define como um mínimo de 15 dias para isso.
Correto. O tema foi colocado em votação e o placar foi de 12 votos favoráveis e 05 votos contra. Democrático.
Este Edital deixava claro que todas as filiadas deveriam trazer a documentação e procurações registradas em cartório.
Exatamente. Como também é estatutário de que todas às federações devem enviar relatório anual para a CBTri. Sendo assim, somente o CE estaria apto. Colocou-se a matéria para votação e mais uma vez foram 12 votos a favor e 05 votos contra. Democracia.
Como de costume, o presidente da CBTri fez a indicação do Dr. Paulo Smith para presidir os trabalhos, mas desta vez, pela primeira vez, esta sugestão do presidente foi contestada e o bloco de oposição fez a indicação do Dr. Pádua (que representava SP). Mas o próprio Dr. Pádua esclareceu que antes de tudo, era necessário se conhecer as federações que efetivamente tinham direito de voto, conforme preconizava o Edital de convocação.
Outra notícia plantada. Foi a primeira participação do Dr. Paulo Schmitt em uma Assembléia da CBTri, portanto este ” Como de costume, o presidente da CBTri fez a indicação do Dr. Paulo Smith para presidir os trabalhos (...)” é mentirosa. E não foi a primeira vez que alguém foi contra a minha indicação. Há, bom frisar que esta indicação é prevista no Regimento de Assembléias.
O Dr. Pádua, que representava a Federação de SP, pois o Frederico Wilche, presidente da entidade representava a Federação de Goiás (?), realmente solicitou conhecer as federações com direito a votos. Foi uma conversa de mais de hora.
A plenária partiu para voto para saber quem iria presidir os trabalhos e a votação foi de 12 votos em favor do Dr. Schmitt e 05 votos em favor de Dr. Pádua. Na realidade a Assembléia estaria em boas mãos independente de quem fosse escolhido.
Para surpresa de todos, as federações de SC e BA não compareceram e deram procurações enviadas por fax para, respectivamente, os Drs. Paulo Smith e Luciano Hostings que, a esta altura, tinham como função principal a defesa da CBTri o que, por si só, colocava em dúvida a sua representatividade como procuradores de federações.
Mais um sensacionalismo.
Como assim “(...) que a esta altura, tinham como função principal a defesa da CBTri (...)” Onde está escrito que não pode? O Dr. Pádua, brilhante advogado assim como os nossos, tinha a mesma função. Se havia dúvidas, porque não interpelaram? Se alguém não acha um procuração válida deve fazer a denúncia explicando porque chegou a esta conclusão.
Percebeu-se uma movimentação no bloco da situação, dando conta que outras filiadas não haviam trazido sua documentação e, ato contínuo, o Dr. Paulo Smith evocou alguns artigos do Código Civil, dando a entender que o Edital estava errado e não poderia cassar o direito a voz e voto de quem quer que seja. Será que se as federações de oposição estivessem erradas, o Edital seria cumprido?
Com certeza seria.
Da mesma forma que a CBTri estava com bons advogados na Assembléia a Federação de SP também tinha um representante com tal fim.
O Dr. Paulo Schmitt deu uma aula sobre o Código Civil.
Assim, a indicação do presidente da mesa foi vencida pelo Dr. Paulo Smith.
Exatamente. Ele venceu por 12 votos de diferença. Democracia.
O advogado da CBTri sugeriu que a reunião fosse transferida para a sede da CBTri onde se encontram todos os documentos, mas as federações de AL, GO, RJ, RN e SP não concordaram, então, foi proposto uma votação para decidir se seriam aceitos ou não os votos das federações sem documentação. Assim, as próprias federações aprovaram sua situação irregular, assumindo o risco legal de prosseguir com a Assembléia. Após a discussão, as Assembléias começaram. As contas da CBTri foram aprovadas pelas seguintes federações: AM, BA, CE, DF, MG, MT, PR, PB, SC, RS. Se abstiveram: SE e PA. Não aprovaram: AL, GO, RJ, RN e SP.
Exatamente como está relatado.
Coincidentemente, as federações que aprovaram foram as mesmas que receberam provas na distribuição que já havíamos comentado em outro artigo (clique para acessar).
Estas afirmações estão sendo analisadas pelas linhas competentes.
Foi tentado aprovar ainda o aumento da taxa de filiação na CBTri, a partir de junho de 2011, para o valor de R$20,00. Apesar do singelo aumento, esse é mais um exemplo de que a entidade ignora suas próprias regras.
Não ficou clara a afirmação. Não tenho como responder.
O superintendente da CBTri, o Sr. Roberto Menescal emitiu circular aumentando o valor da taxa de R$ 15 para R$ 20 ainda no início do ano, mas o tema só pode ser tratado em Assembléia, conforme o estatuto da CBTri. Após a proposta da presidência, solicitando este aumento, o RJ fez outra proposta, que era a de extinção total deste repasse.
O presidente da CBTri disse que não poderia colocar esta proposta em julgamento, pois ela não constava do edital, e este dizia apenas sobre “aumento”. A proposta da FETERJ foi então reformulada, propondo um aumento de um valor de –R$ 15 reais (valor negativo).
Verdade. Como também é verídica a sugestão de aumento de –R$ 15 reais (valor negativo). Devo ter perdido a aula de matemática nesta matéria. É a primeira vez que escuto falar em AUMENTO de –R$ 15,00. Vamos deixar isto para os matemáticos que ensinaram esta equação para o Júlio. Apesar de ter certeza que ninguém ensinou isto para ninguém.
Para contornar a situação, o presidente da CBTri retirou sua proposta e a taxa de repasse permaneceu a mesma. Vale lembrar que esse repasse foi criado há cerca de 10 anos, quando a CBTri não tinha patrocinadores, e era perfeitamente coerente. Hoje, com recursos abundantes e a penúria das Federações, o mais cabível seria a sua extinção.
Aí nem é omissão. É falta de informação mesmo. A taxa de filiação da CBTri, em 2001, era de R$ 35,00 (trinta e cinco reais). A taxa caiu de R$ 35,00 para R$ 10,00 e, com esta ação, o valor de R$ 10,00 seria anexado às taxas federativas. As federações receberiam as filiações e repassavam os R$ 10,00 para a CBTri. Todo atleta, para disputar campeonato Estadual e Nacional tem que estar filiado. Esta taxa é estatutária.
Após as Assembléias, o presidente da FETERJ desabafou: “É muito estranho que, ao longo de 12 meses, sejamos colocados totalmente à parte do processo financeiro e administrativo e, às vésperas das assembléias de julgamento das contas, sejamos obrigados a entender, em questão de horas, tudo o que foi gasto, com quem, para quê etc. Por uma questão de coerência, meu voto foi contrário à aprovação das contas. Não estou colocando em dúvida o aspecto matemático da coisa ou a honestidade dos gestores, mas o que deve estar em julgamento, é a essência das despesas: quantos atletas foram beneficiados, porque tantos representantes nas diversas provas internacionais, qual o percentual que está sendo investido na estrutura administrativa da CBTri etc.
Se o Júlio fez este comentário sobre não ter conhecimento dos balanços ele foi infeliz e mentiroso. Ele recebeu os balancetes trimestrais sendo que o último trimestre foi entregue na Federação no início do mês de Fevereiro. Temos os comprovantes de entrega de todos os balancetes. A remessa foi via SEDEX, AR. O tempo foi mais que suficiente para ele levar os balancetes a um contador para as devidas avaliações. Ou a Federação não faz uso de seu contador? Todos os gastos estão explícitos nestes balancetes. Se quisessem informações mais detalhadas deveria ter solicitado. Toda a documentação estava disponível na Assembléia. Nosso balancete anual é publicado em Jornal e registrado em cartório. Portanto, documento público. 
Procuramos o presidente da CBTri para saber quando a proposta da transparência será implementada, mas não obtivemos resposta.
Não sei quem foi o autor deste texto final. Nunca fez contato conosco. Nosso e-mail é o presidente@cbtri.org.br
Prezados (as), respondi todos os parágrafos escritos.
O responsável direto desta matéria ou pelo menos a pessoa que forneceu as informações para esta matéria foi o Sr. Júlio Alfaya, presidente da FTERJ. Agora alguém já participou de alguma Assembléia da Federação do Estado do Rio de Janeiro? Alguém conhece alguma pessoa que tenha participado? Alguém já viu qualquer balancete da FTERJ? Conhece alguém que tenha visto? E o planejamento financeiro? Alguém já viu? Conhece alguém que tenha visto? Alguém sabe quais são os clubes filiados? Quantos são?
Fica uma dica. Vamos cobrar transparência.
Sem mais para o momento.
Cordiais Saudações.
Carlos Alberto Machado Fróes
Presidente